sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A União Nacional

António de Oliveira Salazar instituiu o Estado Novo (1933-1974) e a sua organização política de suporte, a União Nacional.
A União Nacional, fundada a 30 de Julho de 1930, foi constituída para apoiar a criação e a manutenção do regime político que se estabeleceu em Portugal com a aprovação da Constituição de 1933 – o Estado Novo.
Era o único partido político legalmente constituído e destinava-se a unir todos os Portugueses em seu torno.
A União Nacional foi sempre superiormente dirigidas pelo Presidente do Conselho em exercício: primeiro foi António de Oliveira Salazar a assegurar a presidência da sua Comissão Central, a título perpétuo, e mais tarde, após o seu afastamento do poder, caberia a Marcelo Caetano ocupar o mesmo posto.
Durante mais de uma década, o poder executivo foi acompanhado pelo monopólio absoluto da representação política. Foi assim que a União Nacional não teve concorrentes aos actos eleitorais até 1945. Neste ano, como reflexo da derrota do fascismo na Segunda Guerra Mundial, Salazar cederia algumas liberdades formais e pontuais às oposições, tolerando a sua participação em campanhas eleitorais e a consequente apresentação de listas.
No V Congresso da União Nacional, em 1970, esta organização passa a denominar-se Acção Nacional Popular. Esta organização garantiu, até 1974, o monopólio da representação parlamentar, elegendo sempre a totalidade dos deputados e assegurando que os três Presidentes da República eleitos durante a vigência do regime fossem sempre aqueles que ela escolhia e apoiava — Marechal Óscar Carmona, eleito para quatro mandatos sucessivos, F. H. Craveiro Lopes, eleito para um mandato, e Américo Thomaz, eleito para três mandatos
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Bandeira da União Nacional

Mariana Sequeira